Mudança e continuidade são uma dicotomia clássica dentro dos campos da história, sociologia histórica e ciências sociais de maneira mais ampla. A questão da mudança e da continuidade é considerada uma discussão clássica no estudo de desenvolvimentos históricos. A dicotomia é usada para discutir e avaliar até que ponto um desenvolvimento ou evento histórico representa uma mudança histórica decisiva ou se uma situação permanece praticamente inalterada. Um bom exemplo dessa discussão é a questão de quanto a paz da Westphalia em 1648 representa uma importante mudança na história da Europa. Da mesma forma, o historiador Richard Kirkendall questionou se o New Deal da FDR representava "uma inovação radical ou uma continuação de temas anteriores na vida americana?" e colocou a questão de saber se "interpretações históricas do New Deal [devem] enfatizar ou enfatizar a continuidade?" A questão aqui é se o New Deal marca algo radicalmente novo (mudança) na história dos EUA ou se o New Deal pode ser entendido como uma continuação (continuidade) das tendências na história americana que estavam em vigor bem antes da década de 1930.
A dicotomia é importante em relação à construção, discussão e avaliação de periodizações históricas. Em termos de criação e discussão de periodizações (por exemplo, a iluminação ou a era vitoriana), a dicotomia pode ser usada para avaliar quando se pode dizer que um período inicia e terminou, tornando a dicotomia importante em relação à compreensão da cronologia histórica. O historiador econômico Alexander Gerschenkron discordou da dicotomia, argumentando que a continuidade "parece significar não mais que ausência de mudança, isto é, estabilidade". Diz -se que o historiador alemão Reinhart Koselleck desafiou essa dicotomia.